quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Galeria de fotos:


Foto 1: Dificuldades encontrada na Rua São Matheus, Iputinga.

Foto 2: Eduardo Marins, após sofrer um acidente de carro.

Foto 3: Maria Aparecida Chantre, possui deficiência de nascença.

Foto 4: Caminho sem barreiras arquitetônicas.

Foto 5: Falta de calçamento completo, mostra as dificuldades existentes.

Foto 6: Eduardo Marins, antes do acidente que o deixou paralitico.

Foto 7: O amor rompendo o preconceito.

Foto 8: Experiência realizada pelas aulas da faculdade Mauricio de Nassau.

Foto 9: Entrevista das alunas com Maria Aparecida.

Foto 10: A acessibilidade tem sido uma preocupação constante nas ultimas décadas.


Fotos Por Brenda Allane.
Ser Deficiente no Brasil.
 
Atualmente, temos 34.580.721 de pessoas, entre as quais possuem algum tipo de deficiência, e os deficientes tem direito ao acesso à educação, à saúde, ao lazer e ao trabalho.
Essas áreas contribuem para a inserção social, desenvolvimento de uma vida saudável e de uma sociedade inclusiva.

As pessoas com deficiência física para exercerem esses direitos e fortalecerem sua participação como cidadãos, há necessidade de se atingir alguns objetivos, como o direito a acessibilidade em edificações de uso público. Assim, a conquista por espaços livres de barreiras arquitetônicas implica a possibilidade e a condição de alcance para que portadores de deficiência utilizem com segurança e autonomia as edificações, mobiliários, os equipamentos urbanos, os transportes e os meios de comunicação.

Apesar das dificuldades há conquistas, a exemplo da Lei n° 7.853/89, que promove integração social e define punições quando se negar emprego a estas pessoas, deixar de prestar assistência médico-hospitalar, ou de cumprir ordem judicial e mesmo retardar ou frustrar esta ordem.
Mas, o Brasil vive uma realidade bem diferente e as dificuldades enfrentadas são tamanhas desde quando saem de casa para andar de ônibus que nem todos oferecem as condições especiais de adaptação, o mercado de trabalho limitado, o preconceito da sociedade, lidar com a dependência diária de outro ser para realizar atividades simples diz motivada a deficiente física Elaine Benning.
A emissora de televisão Globo trouxe na novela Viver a Vida à personagem-Luciana vivida por Aline Moraes que era uma modelo que estava no auge de sua carreira e teve que abandonar a sua carreira devido ao acidente, à sorte que se tratava de uma personagem rica que pode desfrutar das melhores clinicas de tratamento até um carro personalizado para deficientes físicos.
Quando se trata de deficientes as histórias são de superação, dificuldade e até mesmo apelo para que as mídias alcancem um pico elevado de audiência.
Em vários segmentos da sociedade são notórias as inúmeras dificuldades sociais, em suas próprias residências e seguem para áreas públicas e ambientes de trabalho, e econômicas enfrentadas pelo portador de deficiências.
A legislação complementar infraconstitucional relativa a pessoas portadoras de deficiências ainda é muito difusa, mas as normas possuem plena aplicabilidade. Os deficientes têm direito em desconto na compra de carros novos, reserva de vagas nas empresas e universidades e concursos públicos Conclui-se que há barreiras físicas e que a legislação está sendo desrespeitada.
Com o passar dos anos, a deficiência passou a ser vista como uma necessidade especial, pois as pessoas precisam de tratamentos diferenciados e especiais para viver com dignidade. Sabemos que isso não acontece, pois o mundo não é adaptado para essas pessoas, que sofrem muito em seu dia a dia.
Recentemente foi aprovada a lei que modifica a concessão de aposentadoria dos portadores de deficiência física que prevê que os mesmo tenham um tempo diferenciado para poder se aposentar que sejam analisados fatores como o grau de deficiência e o limite de idade e outros quesitos.
A AACD (Associação de Assistência a Criança Deficiente) é um exemplo de instituição que integra as pessoas na sociedade desde sua infância muito bem, aplicando os seus recursos sempre na intenção de ajudar a todos que ela pode, dentro das possibilidades. E usa a mídia de forma positiva para arrecadação de verba para manter a instituição que cuida das crianças e concede uma melhor estrutura física e psicológica para que elas possam enfrentar a sociedade. O auto conceito de uma criança com deficiência física depende, de certo modo, da atitude das outras pessoas em relação a ela.
"As políticas existentes para inclusão das pessoas com deficiência atacam conseqüências, e não as causas da insuficiência de renda. É importante pensar em ações complementares que dêem motivações para que esse grupo possa avançar de maneira mais autônoma e independente”. Comenta a advogada Roberta Cruz.
Usando um pouco de empatia e refletindo sobre como é difícil para eles, sem usar do termo pena, e sim mostrando que o sentido da palavra motivação e dando acesso para que eles ocupem um local digno na sociedade.
Dia três de dezembro como o dia internacional do deficiente físico, para que pudessem conscientizar comprometer e fazer com que programas de ação conseguisse modificar as circunstâncias de vida dos deficientes em todo o mundo.


 
Por Andreza Nunes
Texto 1 - Informações Gerais


Superação, força de vontade e esportes, uma parceria que dá certo.

Walter Felix ficou paraplégico aos 15 anos, depois de um grave acidente de carro, passou cinco anos sofrendo as conseqüências da incapacidade física e as dificuldades impostas pela paralisia, mas conseguiu encontrar no esporte uma razão especial para continuar a sonhar. Aos 29 anos, casado e pai de dois filhos o atleta do basquete sobre cadeira de rodas do Sport Club do Recife dribla as dificuldades todos os dias com garra e perseverança, e já fez com que sua história de superação, para muitos, seja conhecida como um exemplo e uma grande lição de vida.



1- Faculdade Maurício de Nassau: Como aconteceu o acidente?

WF: Estava indo viajar com minha família para casa dos meus avós que fica em Arcoverde, no interior do estado, quando numa ultrapassagem forçada tentamos voltar para pista e meu pai perdeu o controle do carro batendo na mureta de proteção, o carro rodou e depois capotou, eu fui o único que me feri mais gravemente, além da lesão na medula, quebrei o braço e 3 costelas.

2- Faculdade Maurício de Nassau: Quais foram às maiores dificuldades enfrentadas após o acidente?

WF: No começo foi bastante complicado, eu tinha apenas 15 anos, era muito jovem e inexperiente, não conseguia aceitar o fato de estar paraplégico, briguei com o mundo, com a minha família, não gostava de sair de casa, tinha vergonha de mim, até que com 20 anos um amigo me apresentou o basquete no Sport e me apaixonei a primeira vista, foi daí que tudo começou a mudar.

3- Faculdade Maurício de Nassau: Como o esporte o ajudou a superar as limitações impostas pela paraplegia?

WF: De várias formas, uma delas é o sedentarismo, praticando esportes eu me sinto mais disposto, mais forte fisicamente e psicologicamente. Também me ajudou muito na questão da inserção social, me auxiliou bastante no processo de aceitação a essa condição permanente. Hoje a minha qualidade de vida é muito melhor

 4- Faculdade Maurício de Nassau: O que o basquete sobre rodas representa para você?

WF: Para mim o esporte significa muito, é nele e na minha família, que eu encontro forças para acordar todo dia sorrindo e bem disposto, posso afirmar pra você que o Basquete mudou a minha vida, me devolveu a alegria que eu achava que tinha perdido.
5- Faculdade Maurício de Nassau: Como é o dia-a-dia de um para-atleta?

WF: É normal, levo uma vida como qualquer outra pessoa, antes era mais difícil, mas depois fui me acostumando. Treino sempre de segunda a sexta, a maioria dos treinos são durante a noite, porque pela manhã e a tarde eu trabalho, tem aquela dificuldade de sempre ter que depender de alguém pra fazer algumas coisas, como por exemplo, ir ao treino, minha mulher é quem sempre vai me levar... Mas são coisas que hoje em dia eu já encaro com naturalidade. No mais eu levo uma vida tranqüila e pacata.

6- FMDN: Quais conselhos você daria as pessoas que passam pelo seu mesmo problema?

Walter Felix: Primeiramente acreditarem sempre em Deus. Em segundo lugar para nunca desistirem, manterem sempre a cabeça erguida, procurarem sempre caminhos alternativos para melhorar a vida, lembrar-se sempre que tudo que acontece deve servir como aprendizado, como lição, enfrentar sempre as dificuldades com fé e força de vontade, seja ela qual for, e por último buscar sempre conquistar o seu próprio espaço.

Por Henrique Ferreira
Texto2 - Ping-Pong

quinta-feira, 25 de novembro de 2010


           

Uma história de vida

           Me chamo Eduardo Marins e sou paraplégico, por causa de um acidente de carro no qual um motorista em alta velocidade bateu em mim e tive paraplegia. A minha infância foi maravilhosa, nasci em uma cidade no interior do Paraná. Com quatro anos de idade me mudei para Rondônia e passei a minha infância toda morando em um sítio. Lá eu tinha bastante espaço para ter uma infância feliz. Com meus onze anos eu e meus pais nos mudamos para uma cidade pequena.
            Eu sempre gostei de estudar e como na cidade em que morava não tinha faculdade e eu gostava da área de TI, fiz o vestibular para Sistemas de Informação. A faculdade era em outra cidade a 135 km da onde eu me encontrava, eu ia de moto até a cidade de Rolim de Moura para pegar um ônibus para chegar lá.
            Comecei a trabalhar no ano de 2003 na própria cidade aonde eu estudava em uma empresa que desenvolvia e prestava suporte em programas de gerenciamento comercial. E em meados 2006 me formei. Nessa época eu morava só e trabalhava muito, jogava bola toda semana, andava de moto, dirigia.
            Porém, no dia 25 de agosto de 2007, minha vida mudou completamente. Sofri de um acidente de carro e tive duas vértebras fraturadas na altura do peito, onde houve uma compressão medular causando uma lesão medular, que me deixou paraplégico. Os primeiros meses foram difíceis, tive que voltar a morar com meus pais, mas o importante é que tive muito apoio familiar e de meus amigos que sempre me deram muita força na época.
            Comecei a fazer fisioterapia e também, alguns serviços em casa para a empresa em que trabalhava para me ocupar um pouco. Sempre tentei fazer o máximo de coisas possíveis para conseguir novamente a minha independência. Eu não saia muito até porque a cidade não era tão acessível para mim e sempre precisava de ajuda. Foi então que comecei a estudar para concursos públicos e no ano de 2010 passei para um em Brasília. Nesse meio tempo voltei a dirigir e em abril saiu a minha nomeação e me mudei para lá, onde meu pai ficou comigo um mês até eu me adaptar a morar só. A cidade é bem mais acessível para deficientes, à lei de cotas para portadores de necessidades especiais hoje pelo menos, na área pública, é cumprida.
             Hoje sou totalmente independente, moro só, cozinho, faço a faxina de casa, lavo, passo roupa, etc. E tenho uma namorada maravilhosa que sempre está comigo e me apóia muito.
            Nada na vida é fácil, mas com força de vontade podemos ser felizes em qualquer situação, basta querermos isso e ir atrás. Hoje tenho mais valor à família, aos verdadeiros amigos e a Deus, pois, sem eles eu não estaria aqui. Sou uma pessoa feliz e realizada e mais feliz que antes do acidente.
            Quanto ao meu futuro, acredito que os estudos com células troncos trarão benefícios. Acredito que voltarei a andar, mas não vivo em função disso. Pretendo prestar outros concursos, mudar para outra cidade, me casar, ter filhos e uma família. Pois a vida passa e temos uma escolha, ou vivemos realmente a vida ou simplesmente passamos por ela, e eu escolhi que irei vivê-la da melhor maneira possível.

Por Lucy Cruz
Texto 3 - Perfil